Um adolescente, de 15 anos, que tinha sido considerado melhor guarda-redes da Taça Municipal de Futebol de Juvenis, no Lobito, morreu após ter sido atingido com uma pedra na cabeça, no último domingo.
Segundo o técnico da equipa juvenil do Desportivo Velho, Carlos Kassinda, que ainda está abalado com a morte do jovem atleta, nem foi possível celebrar a vitória da Taça Municipal de Futebol do Lobito, uma vez que “no domingo, ao receber a notícia do falecimento do nosso atleta, ficámos surpreendidos e entristecidos com o sucedido”, lamentou.
Um adepto da equipa local que testemunhou o infortúnio explicou ao Jornal de Angola que tudo ocorreu na sequência de um desentendimento entre dois jovens que foram atrás de outro rapaz que se tinha envolvido num conflito com o progenitor deles, mas quando chegaram onde morava, não estava, porque se encontrava no bairro da Canata a assistir a um jogo de bairro.
“Assim que o encontraram invadiram a casa do menino onde agrediram a mãe e a irmã com chapadas. Ao assistir a confusão à distância o adolescente foi atingido com uma das pedras”, sublinhou.
Depois disso, o adolescente foi transportado, de imediato, para uma unidade hospitalar local e às 23 horas face à gravidade do ferimento foi encaminhado para o Hospital de Benguela onde veio a falecer.
Um dos moradores, Sérgio Silva, afirmou que naquele bairro há um grupo de jovens que estão permanentemente a criar este tipo de situações.
Revelou que já houve situações de agressões, esfaqueamentos e agora uma que culminou com uma morte.
“Quando os mentores são levados para a polícia nacional depois de três dias são soltos”, frisou.
“Perdemos um filho. O adolescente é que efectuava o alinhamento do campo naquela comunidade sempre que houvesse qualquer actividade desportiva quer de adultos e infantis”, lamentou.
Por sua vez, Jacinto António, tio do jovem assassinado, visivelmente entristecido disse que a família está constrangida pelo que aconteceu e confessou não estar a ser fácil viver este momento porque “perdemos o nosso ente querido” e “nesta altura de dor pedimos a Deus para nos consolar e que as autoridades competentes façam justiça”, vincou.